Universidade de Brasília
Departamento de Matemática
disciplina - Cálculo 3
período 2/2003
turma E
professor Célius Magalhães
PROJETO DE LABORATÓRIO
Resoluçao do Exercício 44, Seção 12.3, do livro texto (Cálculo, vol.2, de G. Thomas)
[> restart:
with(student):
[>
Introdução
No cálculo de integrais duplas, muitas vezes encontramos domínios não retangulares, ou muito difíceis de se integrar. Assim, uma boa solução para este problema é a mudança de coordenadas, onde se escolhe adequadamente novas variáveis equivalentesàs anteriores, mas que adaptam o domínio a um novo formato. Assim, para cada caso existe uma mudança de variável mais apropriada.
Nosso problema
aqui é calcular a integral dupla da função
[> f:=(x,y)->x/(x^2+y^2);
[>
com x variando de 0 até 1, e y variando de
0 até a reta y=x/2. De fato, o problema é equivalente ao cálculo do volume abaixo
do gráfico de f(x, y) no domínio descrito acima, como ilustrado a seguir.
[> plot3d(f(x,y),x=0..1,y=0..x/2,axes=normal);
[>
Esse volume pode ser representado algebricamente
por
[> Doubleint('f(x,y)',y=0..x/2,x=0..1)=Doubleint(f(x,y),y=0..x/2,x=0..1);
[>
Essa integral porém está descrita em coordenadas cartesianas, e a forma de f(x,y) sugere o uso das coordenadas polares, onde mudamos a variável 'x' para r*cos(t) e 'y' para r*sin(t), onde'r' representa a distância do ponto (x,y) até a origem e 't' representa a inclinação de 'r' com a horizontal.
Desenvolvimento
A primeira parte do problema é representar
graficamente a região cartesiana de integração no plano Oxy. Essa região é o
conjunto de todos os pontos x e y tais que os 'x' estejam entre 0 e 1 e os 'y'
estejam entre 0 e a reta y=x/2, ou seja,
[> plot3d(0,x=0..1,y=0..x/2,axes=normal,orientation=[-90,0]);
[>
Depois de representar a região de integração, é pedido no problema que seja feita a mudança de coordenadas cartesianas para coordenadas polares.
O primeiro passo então é descobrir qual é a
nova função f(r,t) com as novas coordenadas.
[> powsubs(x=r*cos(t),y=r*sin(t),f(x,y));
[>
Assim já temos uma noção de como será a integral
que queremos calcular. Usando o comando changevar, chegamos que
[> Doubleint(f(x,y),x=0..1,y=0..x/2)=
changevar({x=r*cos(t),y=r*sin(t)}, Doubleint(f(x,y),x,y,D1),[t,r] );
[>
Percebemos que a mudança foi feita corretamente, e que o Maple não esqueceu o Jacobiano!
Só nos resta agora descobrir qual é o novo domínio de integração D1. Encontramos aqui a dificuldade de realizar essa mudança nos limites de integração através do Maple, e fizemos então os cálculos manualmente. Chegamos ao seguinte resultado: D1 é o conjunto dos pontos (r,t) taisque o 'r' varia de 0 até sec(t) e 't' varia de 0 até arctan(1/2).
Vamos representar então o domínio D1 graficamente,
como foi pedido na terceira parte do problema:
[> plot3d(0,t=0..arctan(1/2),R=0..sec(t),orientation=[-90,0],
axes=normal,style=wireframe);
[>
Conclusão
Agora ficou tudo mais fácil! Com o novo domínio
de integração resolvido e a nova função de integração pronta, o cálculo é rapidamente
efetuado pelo Maple. Para resolver a integral dupla de f(x,y), usamos os comandos
Doubleint e value. Assumimos r maior que zero, pois se não fizéssemos isso o
Maple não dividiria abs(r) por r, e o resultado seria cheio de restrições.
[> assume(r>0);
V:=Doubleint(f(x,y),x=0..1,y=0..x/2)=
Doubleint(cos(t)*abs(r)/r,r=0..sec(t),t=0..arctan(1/2));
[>
Para solicitar o valor dessa integral propriamente
dito usamos o value e pronto!
[> value(rhs(V));
[>
Se não quiséssemos usar o assume, poderíamos usar o comando evalf ao invés de value, que nos traria ao mesmo resultado. [> evalf(Doubleint(cos(t)*abs(r)/r,r=0..sec(t),t=0..arctan(1/2)));
[>