O evento Universidade e Sociedade está sendo organizado pela primeira vez pelo Departamento de Matemática da
Universidade de Brasília e visa trazer uma maior interação entre a comunidade acadêmica e a sociedade, promovendo
um maior diálogo entre ambas. Ele acontecerá durante o período de 04 de janeiro à 05 de fevereiro de 2021, e
estão previstas várias palestras de divulgação científica, minicursos e oficinas. Os minicursos e as oficinas
possuem vagas limitadas, então não deixe de fazer sua inscrição para garantir sua vaga. Quem estiver inscrito(a),
receberá um link exclusivo. As inscrições devem ser feitas até às 18h30 do dia anterior à realização da atividade.
As palestras da "Universidade e Sociedade" serão transmitidas pelo YouTube e não precisarão de inscrição. Em
breve, disponibilizaremos o link das palestras.
Emitiremos certificados de cada atividade aos participantes, mas para isso é necessário assinar a lista de
presença e participar das atividades. Não esqueçam de assinar a lista de presença nas respectivas atividades!
Os links para a inscrição nos minicursos estão contidos dentro de cada uma das caixas abaixo. As inscrições devem
ser feitas até às 18h30 do dia anterior à realização da atividade.
Os seguintes minicursos serão oferecidos:
05, 06 e 07 de janeiro de 2021, das 16h às 18h.
O professor não poderá dar o minicurso no dia 7 e, por conta disso, a última aula será
das 14h às 16h do dia 8 de janeiro.
Minibio: Professor Titular da Universidade de Brasília, doutor em Matemática pela Universidade de
Lisboa, 1996, pós-Doutorado na Instituto de Tecnologia da Florida, 2003. Suas áreas de interesse são: Equações
Diferenciais Parciais e Matemática Aplicad, professor aposentado da Universidade de São Paulo (ICMC-USP).
Resumo:
Neste minicurso apresentaremos algumas ideias básicas do processo de
criação de modelos matemáticos aplicados aos problemas do mundo real. Discutiremos
alguns exemplos clássicos presentes em livros didáticos, a dinâmica de populações e
modelos de epidemias.
Público-alvo:
Todos interessados da sociedade, inclusive alunos e professores de Matemática.
Minibio: Possui mestrado em Matemática pela Universidade de Brasília (1978). Aposentou-se como
professora do Departamento de Matemática da Universidade de Brasília, desde então tem atuado
principalmente na formação de professores. Escreveu um livro, Trigonometria e Números Complexos,
em co-autoria com Tânia Schmitt e Rui Seimetz, para professores do Ensino Médio. Foi coordenadora do
Projeto GESTAR II, de 2008 a 2010. É membro do Grupo de Investigação em Educação Matemática da UnB – GIEM.
Resumo:
Primeiro dia: "Matemática Divertida e Curiosa", segundo Malba Tahan. Exibirei e comentarei alguns problemas
curiosos e interessantes do livro, com as resoluções. Segundo dia: "Sequências de números triangulares,
quadrados e cúbicos, Números amigos, Números Perfeitos e outros especiais". Definições, construções e
comentários. Terceiro dia: "Triângulos e retângulos mágicos". Apresentarei os modelos e regras. Mostrarei que é
possível fazer por tentativa e erro, serve para exercitar adição e subtração. Depois mostrarei como podemos usar
nosso raciocínio para chegar às possíveis soluções. Darei dicas para todas as soluções.
Público-alvo:
Todos interessados da sociedade em especial a terceira idade.
Minibio: O professor Mauro Moraes Alves Patrão possui graduação (2000, UnB) em Engenharia Mecânica,
mestrado (2003, UnB) e doutorado (2006, Unicamp) em Matemática e mestrado (2017, UnB) e doutorado (2020, UnB)
em Economia. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Dinâmica Topológica, particularmente a
Teoria de Conley, Teoria Ergódica, especialmente a Entropia de Endomorfismos de Grupos de Lie, Dinâmica com
Simetrias, especialmente o estudo da Dinâmica de Translações em Variedades Flags, Geometria de Espaços
Homogêneos, e Educação Matemática, tanto no nível superior, quanto no nível médio. Tem também experiência na
área de Economia, especialmente em modelos de longo prazo, focados nas distribuições de renda, de
riqueza e de salários, e em modelos de curto prazo, focados no comportamento endógeno da taxa de câmbio.
Resumo:
Nesse minicurso, vamos apresentar os fundamentos matemáticos dos denominados modelos epidemiológicos compartimentais
e também a análise de suas dinâmicas globais, mostrando como podemos tirar algumas conclusões interessantes sobre
a atual pandemia de COVID-19.
Vamos focar no clássico modelo SIR e numa extensão dele que denominamos SECIAR e que analisamos num artigo recente.
O minicurso será dividido em quatro aulas organizadas da seguinte forma:
Aula 1 - Apresentação do modelo SIR, análise de sua dinâmica global e como usá-lá, junto com algumas idéias de teoria de controle, para responder a seguinte questão: o isolamento social faz diferença no longo prazo, mesmo sem a obtenção de uma vacina?
Aula 2 - Fundamentos matemáticos dos modelos compartimentais, com foco no modelo SIR, onde apresentamos microfundamemtos probabilísticos que permitem derivar as equações diferenciais que descrevem a dinâmica dos modelos.
Aula 3 - Apresentação do modelo SECIAR e primeira parte da análise de sua dinâmica global, através das denominadas funções de Lyapunov.
Aula 4 - Segunda parte da análise da dinâmica global do modelo SECIAR, através das denominadas matriz Jacobiana e do teorema da variedade central, e como usá-lá para responder a seguinte questão: porque a atual pandemia de coronavirus foi tão mais difícil de controlar do que as epidemias anteriores?
Os pré-requisitos mínimos são os seguintes:
Aulas 1 e 2 - Cursos introdutórios de Probabilidade e de Cálculo em uma variável.
Aulas 3 e 4 - Cursos introdutórios de Álgebra Linear e de Cálculo em várias variáveis.
Minibio: Professor Adjunto da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste) Campus de Cascavel, tem
doutorado em Matemática pela Universidade de São Paulo, ICMC-USP 2009. Suas áreas de interesse são: Análise
Matemática e Matemática Recreativa. No período de 2011 a 2015, foi coordenador regional da OBMEP (2011-2015)
e no ano de 2007, foi campeão Brasileiro de Jogos de Passatempo, Ediouro.
Resumo:
O objetivo desta oficina é apresentar alguns jogos de passatempo ou quebra cabeças que proporcionam a visualização
e utilização direta de elementos de matemática.
SUDOKU:
Neste passatempo pode ser explorada a decomposição de números naturais em como soma de parcelas distintas ou como
produto de fatores primos. Serão apresentados primeiramente o sudoku clássico e suas regras e na sequência, algumas
variações do sudoku clássico. O foco principal será o sudoku killer que envolve, além das regras convencionais do
sudoku clássico, as operações de adição e multiplicação com números naturais de 1 a 9.
CUBO DE RUBIK: Neste quebra cabeça podem ser explorados os grupos e subgrupos de permutações. Serão
apresentados alguns modelos de Cubos de Rubik e sua relação com a teoria das permutações. Faremos uma breve
introdução à teoria dos grupos e subgrupos de transformações. Mostraremos como visualizar alguns subgrupos de
translações gerados pelos possíveis movimentos do Cubo de Rubik.
PASSATEMPOS DE LINHAS: Neste tipo de passatempo podem ser explorados aspectos relacionados com as curvas
fechadas simples (curvas de Jordan). Primeiro apresentaremos alguns passatempos que exigem o traçado de linhas
para sua solução. Dentre estes destacaremos os que exigem o traçado de uma curva fechada e simples. Destacaremos
algumas das propriedades das curvas fechadas e simples que podem ser utilizadas para a solução dos passatempos.
Os links para a inscrição nas oficinas estão contidos dentro de cada uma das caixas abaixo. As inscrições devem
ser feitas até às 18h30 do dia anterior à realização da atividade.
As seguintes oficinas serão oferecidas:
Minibio: É professora do Departamento de Matemática da Universidade de Brasília - UnB. Possui graduação
em Matemática, Bacharelado e Licenciatura, pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Possui mestrado em
Matemática pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e doutorado em Matemática pela UnB. Faz parte do
programa de pós-graduação do Departamento de Matemática e tem experiência na área de Matemática, com ênfase em
Geometria Diferencial, atuando principalmente nos seguintes temas: superfícies em espaços de Minkowski e
caracterizações de hipersuperfícies de Dupin. Realiza pesquisa em Educação Matemática na área de Educação no
Ensino Superior. Atualmente é tutora do Programa de Educação Tutorial (PET) em Matemática da UnB.
Bárbara Guerra Ribeiro está cursando seu último semestre de Bacharelado em Matemática e faz parte do grupo PETMAT desde seu segundo semestre.
Materiais (opcionais):
Papel e caneta, baralho, dados (d6, d8, d10, d12, d20)
Resumo:
Em uma oficina em que a matemática é ainda mais mágica que o normal, os participantes verão dados sendo somados sem
ser vistos, terão suas mentes lidas e cartas e números adivinhados! Os participantes serão convidados para desvendar
os mistérios de cada truque, que todos tem a coisa mais mágica possível por trás: a matemática.
Minibio: É professora do Departamento de Matemática da Universidade de Brasília - UnB. Possui graduação
em Matemática, Bacharelado e Licenciatura, pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Possui mestrado em
Matemática pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e doutorado em Matemática pela UnB. Faz parte do
programa de pós-graduação do Departamento de Matemática e tem experiência na área de Matemática, com ênfase em
Geometria Diferencial, atuando principalmente nos seguintes temas: superfícies em espaços de Minkowski e
caracterizações de hipersuperfícies de Dupin. Realiza pesquisa em Educação Matemática na área de Educação no
Ensino Superior. Atualmente é tutora do Programa de Educação Tutorial (PET) em Matemática da UnB.
Atualmente está no quinto semestre de licenciatura em Matemática. Integrante do PETMAT desde abril de 2020.
Materiais (opcionais):
Papel e caneta
Resumo:
Você sabe qual dia da semana foi declarada a Independência do Brasil? Ou qual dia será no seu aniversário em
2037? Nessa oficina apresentaremos o conceito de congruência modular e como podemos usá-lo para responder as
perguntas acima, além da sua relação com a verificação do CPF.
As inscrições para o curso de pré cálculo estão encerradas. O curso será do dia 6 de janeiro
até 23 de janeiro de 2021, de 10h até 11h30. As outras informações estão disponibilizadas abaixo.
Minibio: Possui graduação em Matemática pela Universidade de Brasília (2007), mestrado em Matemática pela
Universidade Estadual de Campinas (2009), doutorado em Matemática pela Universidade de Estadual de Campinas
(2013) e pós doutorado pela Universidade de Potsdam (2014). Atualmente, é Professor Adjunto na Universidade de
Brasília. Tem experiência na área de Probabilidade com ênfase em Sistemas Dinâmicos Estocásticos. Áreas de
interesse e atuação: geometria estocástica, fluxos estocásticos, análise estocástica, Processos de Lévy,
geometria simplética e de Poisson, variedades folheadas e Grupos de Lie.
Não é necessário realizar inscrição para assistir às palestras. Os links de cada uma das palestras já estão
disponíveis abaixo. As palestras que serão oferecidas são:
Minibio: Régis Varão fez bacharelado em matemática na Unicamp (2005), mestrado e doutorado no IMPA
(2008, 2012) e pós-doutorado na USP e na Universidade de Chicago (2012-2014) é docente e pesquisador em
matemática no IMECC/Unicamp desde 2014. Sua área de pesquisa concentra-se em sistemas dinâmicos e teoria
ergódica. Além disso também atua como divulgar científico e em 2018 criou o Fantástico Mundo Matemático
(canal no YouTube).
Resumo:
Existe algo fundamental e intrínseco a matemática que não discutimos durante os nossos cursos na universidade
(ou na escola). A matemática é antes de tudo uma ferramenta poderosa de lidar com problemas (da matemática ou da
vida real). Isso quer dizer que deveríamos levar a matemática para qualquer lugar da nossa vida. Mas não estamos
levando, então onde está o erro? Reproduzimos informações sem de fato nos questionar. Dizemos "a matemática está
em tudo" será que está? Se tudo der certo espero contribuir para que vocês vejam a matemática com outros olhos e
quem sabe mudem a forma de aprender matemática.
Minibio: Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá,
Mestrado em Matemática pelo IMPA e Doutorado em Matemática pela PUC-Rio. É professor Associado I da Universidade
Federal Fluminense e professor bolsista do CEDERJ, atuando em cursos de graduação (presencial e à distância),
especialização e mestrado profissional. É coordenador do Instituto GeoGebra no Rio de Janeiro, membro do
Conselho Diretor da Sociedade Brasileira de Matemática e membro da equipe do Projeto "Um Livro Aberto".
Atualmente é coordenador da Residência Pedagógica para o núcleo presencial em Matemática e Física. Tem se
dedicado à questão do ensino de Matemática e Estatística com o uso de recursos computacionais e à concepção
de livros didáticos para o Ensino Médio.
Resumo:
Pergunte a um aluno da Escola Básica o que é Matemática. Muito provavelmente você ouvirá como resposta que
Matemática é o estudo dos números e das fórmulas. Este é o senso comum com relação à Matemática. Mas será que
Matemática é só isso mesmo? O que é Matemática, afinal? Tentaremos responder a esta pergunta analisando como pessoas
diferentes em épocas diferentes definiram o que Matemática é. Por meio de jogos simples de tabuleiro, mostraremos
dois exemplos acessíveis ao Ensino Básico que evidenciam as características principais de como a Matemática é
definida atualmente. Também mostraremos qual é a “cara” da Matemática segundo metáforas e desenhos feitos por alunos
da Escola Básica e dos cursos de licenciatura e bacharelado em Matemática.
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Biomatemática e suas aplicações na dinâmica de epidemias
Minibio:
Dayse Haime Pastore é atualmente professora do CEFET/RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso
Suckow da Fonseca), tem doutorado pelo IMPA. Trabalha na área de biomatemática, com ênfase em modelagem
matemática para propagação de doenças. Seu interesse de controle ótimo para o tratamento do HIV via drogas
até o combate da disseminação de doenças em uma população. Tem se dedicado as questões relacionadas a inclusão
de gênero nas ciências. Participa dos comitês temáticos Mulheres na Matemática Aplicada e Computacional e
Biomatemática da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC). Coordena o projeto de
extensão universitária Meninas! Vamos fazer ciências! que tem como objetivo atrair alunas de todos os níveis
de ensino para as áreas de CETEM (ciências exatas, tecnologia, engenharia e matemática).
Resumo:
A biomatemática é a junção da biologia com a matemática. Opa, mas como assim? Isso mesmo, a biomatemática
preocupa-se em apresentar soluções matemáticas para problemas biológicos, ou problemas relacionados a vida. Um
exemplo recente é no combate a epidemias. Como vimos nos últimos meses, modelos matemáticos podem ser usados para
entendemos como a dinâmica de um novo vírus circula em uma população vulnerável. Esses resultados ajudam os
governantes a tomarem decisões estratégicas no caso de uma epidemia, ou como no caso da covid-19, uma pandemia.
Vamos apresentar modelos que simulam o comportamento de uma população suscetível que é infectada por um vírus.
Começaremos com um modelo simples do tipo suscetíveis – infectados – recuperados (SIR) e vamos evoluir para um
modelo que considera o isolamento social.
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Educação matemática inclusiva: do que, de quem e para quem se fala?
Minibio: Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista. Docente do Corpo Permanente dos
programas de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE e da Universidade Estadual
do Paraná – UNESPAR. Co-líder do GEPeDiMa: Grupo de Estudos e Pesquisas em Didática da Matemática. Co-lider
do GEPSEM – Grupo de Estudos e Pesquisas em Surdez e Ensino de Matemática. Membro fundadora e atual
Coordenadora do Grupo de Trabalho: Diferença, Inclusão e Educação Matemática da Sociedade Brasileira de
Educação Matemática – GT13 /SBEM. Membro do Conselho Editorial da SBEM e do Conselho Consultivo da Revista
Paranaense de Educação Matemática – RPEM.
Resumo:
Existe algo fundamental e intrínseco a matemática que não discutimos durante os nossos cursos na universidade
(ou na escola). A matemática é antes de tudo uma ferramenta poderosa de lidar com problemas (da matemática ou da
vida real). Isso quer dizer que deveríamos levar a matemática para qualquer lugar da nossa vida. Mas não estamos
levando, então onde está o erro? Reproduzimos informações sem de fato nos questionar. Dizemos "a matemática está
em tudo" será que está? Se tudo der certo espero contribuir para que vocês vejam a matemática com outros olhos e
quem sabe mudem a forma de aprender matemática.
Minibio:
Elaine Pimentel é professora titular do Departamento de Matemática da UFRN. Ela foi pesquisadora visitante na
TU-Wien (Áustria) e LIX-École Polytechnique (França). É coordenadora de projetos brasileiros de pesquisa e
extensão, entre eles o POTIMÁTICAS, que visa incentivar o interesse de meninas por Matemática, e faz parte do
projeto de pesquisa europeu MOSAIC. Elaine é uma das Embaixadoras da Lógica do Dia Mundial da Lógica da
UNESCO (https://logicday.vcla.at/). Sua principal área de pesquisa é a Lógica Matemática, com especial
interesse em vários aspectos da Teoria da Prova , incluindo: especificação e verificação de sistemas lógicos,
semântica de jogos, lógicas ecumênicas, sistemas focalizados e polaridades.
Resumo:
Quando pensamos em construir uma casa, é muito importante ter as medidas exatas para poder calcular a quantidade de material necessário para a construção. Por exemplo, para calcular as medidas de largura e comprimento de um quarto, basta medir o tamanho dos segmentos de reta que os determinam. Então, se um quarto da casa deverá ter 2m de largura e 3m de comprimento, supondo que as paredes são retas e formam entre si um ângulo reto (ou seja, que mede 90 graus), então sabemos que teremos que comprar 6m^2 de piso para esse quarto. Essa medida corresponde à área do piso.
Estamos bastante acostumados com tudo o que foi descrito acima. De fato, utilizamos a abstração fornecida pela geometria euclidiana que estudamos no ensino fundamental para medir distâncias, calcular ângulos e determinar áreas de pequenas superfícies (como em uma casa).
Mas e se quisermos calcular a distância entre Brasília e Tokyo? E se quisermos medir a área territorial do Brasil? Será que podemos utilizar a mesma geometria? A resposta é não, porque a superfície da Terra não é plana!! Então como calculamos distâncias, áreas e ângulos nesse caso? Essa é uma boa pergunta, que responderemos nesta palestra.
Mas por que parar na superfície da Terra? Bora animar e ir mais além!!!! O que podemos dizer sobre o universo em que vivemos? Ele é "plano" como a superfície de uma casa, ou "esférico" como a superfície da Terra? Ou nenhum dos dois? Há outras alternativas?
A resposta para a última pergunta é SIM e, para respondê-la, precisamos entender como abstrair conceitos como distância, área, forma e dimensão, mas em geometrias diferentes da euclidiana.
Esse é o objetivo principal desta apresentação: entender, de maneira bem simples, as possíveis formas do universo (topologia), como medir "coisas" em cada uma dessas formas (geometria) e como "pular" para a 4a dimensão.
Usando termos um pouquinho mais técnicos, vamos descrever como “visualizar” 3-variedades (que vivem em um espaço de dimensão 4). Para isso, vamos primeiro apresentar algumas superfícies (que são variedades de dimensão 2 e que vivem, portanto, em um espaço de dimensão 3) mostrando, passo a passo, as possíveis topologias e geometrias dessas variedades.
Pareceu complicado? Não se preocupe! Para compreender esta palestra não é necessário nenhum conhecimento prévio, apenas conceitos básicos de geometria euclidiana.
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Algumas experiências de divulgação e popularização da Matemática
Minibio: Pedro Roitman nasceu no Rio de Janeiro em 1970. É professor de matemática da Universidade de Brasília, tem
formação como bacharel em Física (UnB), Mestrado em Matemática (UnB) e doutorado em Matemática (Paris 7). A sua
área de pesquisa acadêmica é a geometria diferencial. Nos últimos anos tem dedicado parte do seu tempo a
atividades de popularização e divulgação matemática, como colunista da revista Ciência Hoje das Crianças.
Resumo:
A importância da valorização da Ciência, e em particular da Matemática, pela sociedade
tornou-se flagrante nestes tempos de pandemia. Como exemplos de divulgação e popularização, iremos discutir
o premiado trabalho (ICM 2018, prêmio Leelavati) de Ali Nesin na Turquia e também a minha experiência pessoal
como colunista de Matemática para crianças (revista Ciência Hoje das Crianças) e também pela via literária,
através de um romance: Hakim o geômetra e as suas aventuras.
Minibio: Esdras Penêdo de Carvalho é Professor Associado da Universidade Estadual de Maringá , mestre em Matemática
pela Universidade de São Paulo (ICMC-USP 1996), doutor em Engenharia Elétrica pela Unicamp 2006 , sua áreas
de interesse são matemática aplicada e otimização.
Resumo:
A área de Otimização refere-se ao estudo e resolução de problemas em que se busca a melhor solução, dentre as
possíveis soluções, e que atenda a um ou mais critérios previamente estabelecidos. Sua aplicação abrange áreas
como Engenharia, Economia, Biologia, Medicina, Logística, Transporte etc. Na indústria química moderna, por
exemplo, as buscas por vantagens técnicas e operacionais, com maiores ganhos econômicos e menores impactos
ambientais, podem ser descritas como problemas de Otimização, cujas complexidades requerem a utilização de
ferramentas computacionais para se obter soluções ótimas. Problemas típicos que podem ser tratados por meio
de Otimização incluem dimensionamento de equipamentos, planejamento de produção/operações e controle de processos.
Nesta palestra apresentaremos uma visão geral de modelos e algoritmos de Otimização e suas aplicações em problemas
oriundos da Engenharia Química.
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Matemática aplicada à engenharia para redução de impactos econômicos e ambientais
Minibio: Carolina Borges de Carvalho é bolsista de pós-doutorado na Universidade Estadual de Maringá,
doutora em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá 2020, Intercâmbio de doutorado na
Universidade de Oklahoma em 2019. Sua áreas de interesse são Otimização em Engenharia Química e Matemática
Aplicada
Resumo:
Em um ambiente cada vez mais competitivo, a redução do consumo de energia e a minimização dos impactos ambientais
causados pelos diversos processos industriais tornaram-se assuntos importantes e amplamente estudados. Diversas
ferramentas matemáticas auxiliam na modelagem e solução destes complexos problemas, tais como redes neurais
artificiais e métodos de otimização. A aplicação dessas ferramentas em problemas da engenharia requer a
utilização de algoritmos computacionais para se obter soluções satisfatórias de modo que os impactos oriundos
destas atividades sejam reduzidos. Nesta palestra serão apresentadas algumas aplicações em problemas industriais
que trouxeram significativos resultados na redução de custos operacionais e impactos ambientais.
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Uma Breve Introdução à Teoria de Singularidades Matrizes
Minibio: A Profa. Miriam da Silva Pereira possui graduação em Licenciatura em Matemática pela UNESP-Presidente Prudente e tem doutorado em Matemática pela Universidade de São Paulo. Sua área de pesquisa é a Teoria de Singularidades com especial interesse em Singularidades de Matrizes. É docente do Departamento de Matemática da Universidade Federal da Paraíba desde 2010. Atualmente é Coordenadora dos Cursos de Graduação em Matemática (presenciais) do Campus I da UFPB e professora orientadora do projeto Resistência Pedagógica na área da Matemática.
Resumo:
A teoria de singularidades pode ser pensada como um ramo da Matemática que estuda da geometria e a topologia de espaços definidos por equações polinomiais ou equações analíticas que não são regulares.
O desenvolvimento da teoria envolve técnicas de diferentes áreas da matemática, e os resultados obtidos possuem diversas aplicações práticas. O objetivo da palestra é introduzir elementos básicos da teoria clássica e algumas aplicações para o caso de superfícies determinantais.